54% dos eleitores de Hamburgo votaram hoje o novo Parlamento e a CDU de Merkel teve o pior resultado de sempre: 16%. Em 2008 alcançaram 42,6%! O SPD perdeu a maioria absoluta e os populistas de direita ultrapassaram os 5%. Quase metade dos eleitores ficou em casa e o Die Linke atingiu o melhor resultado na ex-RFA. Seis partidos elegeram deputados. A paisagem política alemã vai-se transformando.
Manif. «El momento es ahora»
Janeiro 30, 2015Gregos: Povo audacioso
Janeiro 26, 2015Muitos gregos não suportaram mais o jugo da impotência. Podem orgulhar-se de ter sido os primeiros a ter tido a coragem do desespero para derrotar a política de austeridade, que os tratou como objetos e não como pessoas, e que se mostrou incorrigível.
Independentemente do que se seguir a este 25 de janeiro, isto é um facto inultrapassável. Com esta vitória ainda nada está ganho. Só a vontade de não quererem um governo que ande a reboque da «Sagrada Família», (Capital Financeiro, Especulação Bolsista e Tecnocracia Europeia), conquistou legitimidade democrática. Bruxelas e Berlim, tudo tentarão para a destruir. Aos gregos, que se revoltaram em nome da dignidade e da soberania, ser-lhes-á dito e redito: «Não se atrevam!», «Não deitem fora os sacrifícios!», «É a vossa última oportunidade, antes do abismo!», «Aquilo que vos foi exigido, não tem alternativa!». É o velho jogo de quem joga com o medo dos assustadiços filisteus e quer gozar com as imagens dos seus inimigos.
Aquilo que o Governo Syriza terá de conseguir é nada mais, nada menos do que abalar, nos seus fundamentos, a mundivisão neoliberal. Resta saber se a tresmalhada e adormecida social-democracia europeia está disposta a demonstrar a solidariedade necessária.
«Je suis Charlie» e o cinismo dos jornalistas mainstream
Janeiro 16, 2015(1ª página do Público de 14.01.2015)
É espantoso como os media portugueses descobriram, da noite para o dia, o seu amor pela liberdade de expressão e pluralidade de opiniões – e tudo isto perante Charlie Hebdo, jornal que provavelmente nunca teriam citado e, menos ainda, com ele concordado, por causa do seu anticlericalismo, porque a sua redação sempre gozou com a elite dominante e posicionava-se à esquerda. Quanto cinismo no «Je suis Charlie» dos jornalistas mainstream portugueses.
Da Alemanha algo de novo
Novembro 19, 2014Foi hoje assinado o primeiro acordo governamental entre o Die Linke, o SPD e os Verdes. 25 anos depois da queda do muro, o Die Linke terá um presidente de um governo regional e o SPD e os Verdes dão o passo histórico de se coligarem com o partido herdeiro do SED. A(s) esquerda(s) consegue(m), assim, aliar-se para formar governo e logo com o SPD em posição minoritária. Foram muitos os obstáculos a ser ultrapassados. A resistência da facção neoliberal do SPD não deu tréguas e as campanhas mediáticas contra a coligação por parte de Merkel e CDU foram mais do que muitas. O caminho percorrido desde as eleições em Setembro passado traz muitos ensinamentos à esquerda europeia, nomeadamente à portuguesa, com o PS à cabeça. O processo foi muito interessante e a ele voltaremos um destes dias. Até lá, parabéns à Turíngia: a leste algo de novo.
A extrema-direita alemã: um novo patamar de violência
Outubro 27, 2014As Toupeiras no Dia Mundial do Professor
Outubro 6, 2014Inspiradas no professor Laempel de Wilhelm Busch, As Toupeiras participaram no Dia Mundial do Professor em Lisboa. Eis Crato em todo o seu esplendor!